domingo, 5 de julho de 2009

"Punks no jardim-de-infância"


esse é o título da matéria que acabei de ler na revista EPOCA....
dentre outras coisas que tenho a comentar...seguem algumas...


"
O nome vem de emotional hardcore, vertente do punk que mescla som pesado com letras românticas. Mas o que distingue os emos não é só a música, e sim as atitudes. Eles têm entre 11 e 18 anos e, nas roupas, são capazes de misturar as botas do punk, o colar de Wilma, a mulher de Fred Flintstone, e uma camiseta com a gatinha Hello Kitty."

ok.Como diria Jack Stripador:"Vamos por partes!" E eu então vos digo:

esse conceito é verdadeiro, em sua essência e realmente e "emocore" mistura um som pesado com letras românticas que abordam conflitos entre pais e filhos, namorados e namoradas e até mesmo homossexualidades dos dois lados...enfim....até aí tudo certo...

Sim, pois ao longo dos anos, vimos (eu não) o movimento hippie do final da década de 60, o movimento punk da década de 70 e outros como "posers" e os góticos
da década de 80, os grunges da década de 90 com o surgimento de Nirvana, Pearl Jam dentre outros...estamos em uma evolução e surgem-se ao natural esses movimentos...

o que você deveria estar se perguntando nesse momento é: "O que tem Simple Plan, Fresno, NXZero etc etc etc de pesado nas músicas?". Afinal, rotulamos emos o pessoal seguidor desse tipo de som, e antes que possamos discordar, eles mesmos seguem essa ideia (sim, sem acento agora).

A mídia brasileira, apoiada pela genialidade de alguns produtores como Rick Bonadio, que revelou bandas como Charlie Brown, CPM22, NXZero etc etc etc..., inventou uma nova vertente para o "emocore", que eu chamaria assim de: "emo-pop". Argumento: O que tem de emocore em músicas como "cedo ou tarde" que até orquestra possui de fundo, ou "Uma música" da banda gaúcha Fresno e outros sons? Nada. Então?

A imagem de cabelos "franjosos", estilo allstar, calça jeans apertado com cuecas amostra até lembra o estilo emo de verdade, mas tudo não passa de jogada comercial para que "una-se" tudo à uma coisa só e consiga vender, vender, vender e vender....


Não acho ruim, muito pelo contrário, aprecio várias músicas desse "pseudo-estilo" que por sinal é muito bem trabalhado em estúdio e consegue melhorar o nível dos músicos da mídia..
Muitas bandas de garagem ao despontarem pro mundo musical, caem nas mãos de produtores que "modulam" o som da banda para que se pareça com algo que está na mídia no momento, ou seja no "mesmo estilo" que agora faz sucesso entre os jovens...

exagerado seria dizer que vivemos numa "ditadura musical" ou sem "liberdade de expressão", nem perto disso, apenas teremos que conviver com zero de criatividade musical e muita imagem, muita imagem e pouca sonoridade...afinal às vezes o que vende é a imagem que se passa para o fã....

dificilmente veremos bandas com sonoridades peculiares, novos componentes e vertentes musicais diferentes do que aí está....tudo o que de novo aparece...cai na mesmice..ou não fará sucesso jamais....e não pense que o problema maior está na pirataria, falta de shows e cena undergroun...é mais que isso, é a cultura jovem da procura por uma personalidade própria, de buscar o seu som, a sua cor, o seu mundo, o seu perfil, que empurrado "guela abaixo" acaba sendo o que se vê o dia todo na tv, o que se ouve o dia todo na rádio, o que se lê em 80% das revistas e o que se fala na maioria dos grupos de amigos...enfim...

psicologias à parte, ninguém vai estar preocupado ou por dentro de quem foi Hendrix, Jim Morrison, John Boham e Robert Plant muito menos quem foi Ozzy Osbourne, Tommi Iommy e Angus Young.....seria querer demais que os jovens revirassem arquivos atrás disso...

então, antes que alguém diga, o que é emocore de verdade, a revista mesmo te responde...

"..O gênero emocore nasceu em Washington, na década de 80, para designar bandas que tocavam letras introspectivas, com batida pesada. Hoje, as principais são Good Charlotte, The Used e My Chemical Romance. 'É uma vertente do hardcore, por sua vez fruto do punk. Mas os punks têm letras políticas, enquanto as composições emos falam do que os adolescentes sentem', diz Marco Badin, dono da casa noturna Hangar 110. Essa é a chave do sucesso do emocore. Emos são expansivos. Gostam de trocar elogios, abraços e beijos em público. Ainda que não tenham um relacionamento, amigas emos se chamam de 'maridas'. 'As pessoas precisam cada vez mais dizer e ouvir um 'eu te amo'. De nada vale ser o fortão', diz o jovem emo Rafael...."


matéria completa acesse o link abaixo...

http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT1124406-1664,00.html

Um comentário:

Unknown disse...

No meu mero concentimento, por eqt foi o melhor texto ^^... mt bom, excelente, esclarecedor e informativo...(um assunto que tu domina mto, musica.)